Caminhando apenas com a companhia um do outro, dois jovens de mãos dadas observavam a paisagem tristemente. A cena era de um tom melancólico, meio surreal, como Adão e Eva caminhando para fora de seu paraíso perdido.
“E agora, o que faremos?” O silêncio foi quebrado pela menina, que falou com uma voz quase sussurrada, meio rouca.
“Eu tenho um plano,” foi a resposta do menino. “Pode não dar certo, mas temos que continuar com ele custe o que custar. Você está comigo?”
A menina o encarou com seus olhos brilhantes, em lágrimas, e acenou um sim com a cabeça. Ela confiava nele plenamente.
Os dois se abraçaram, como se fosse uma despedida, e voltaram para observar o horizonte pálido. Aquela fora uma cena perfeita, antes de uma gigantesca luz surgir no horizonte, parecendo cobrir toda a terra.
“Vamos ficar juntos para sempre, não é?”, perguntou a menina.
“Sim, para sempre”, respondeu o menino.
Para sempre nunca pareceu um tempo tão curto antes.
CONTINUA em ENTRE UM APOCALIPSE E OUTRO
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