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quarta-feira, 15 de junho de 2011

ALÉM DA PRESENÇA DA DEUSA

por Neith War e Arthur Ferreira Jr.'.



Como peregrino numa terra faminta
Busco minha deusa e não a encontro
Ponho oferendas no altar, e sinto um intenso aroma
Seria o cheiro excitante de minha deusa a se manifestar?
Oh, não, deve ser só o incenso e sua bruma perfumada.
Vou deixando deserta a sala de ofertas e rituais,
Mas ao passar do umbral, ouço uma risada provocante...

*

Meu querido e sombrio amante!
Seu corpo provocante me chama e atiça
Você pode sentir o meu desejo fluindo através dos poros?
Minha pele queima de prazer ao imaginar-me em teus braços
Minha fome de luxúria é tão intensa que sinto meu sangue ferver
Exalo um cheiro adocicado de prazer e desejo
A divina sensação de êxtase num demoníaco ato de sedução

*

Olho para trás, e sobre o altar, ela jaz tentadora
Seu corpo é um paraíso em forma de mulher,
Suas curvas, as voltas secretas dos deuses na Terra;
Sua pele, como a seda mais sagrada que pende no santuário.
Mas seus seios exibem uma firmeza que revela uma excitação infernal;
Suas pernas entreabertas, aquele caminho estreito
Onde os mortais se perdem para sempre.

*

Venha até mim e faça-me gemer de prazer
Delicie-me com teu hálito fresco e tua pele quente
Você me chamou e eu o desejo
Sacie minha obscura alma com teu toque infernal
Deixe-me envolvê-lo numa teia de desejo
Invada-me e preencha meu corpo com tua deliciosa existência!

*

Não resisto ao sorriso fascinante dela, mostrando os dentes alvos,
Fazendo-me cobiçar sua boca tão ávida.
Tiro meu robe de devoto, e não me importo mais,
Se é deusa ou demônia, a provarei assim mesmo.
Assim me igualo a ela, estamos ambos nus e sós,
Mas agora seremos dois corpos trocando calor e desejo, paixão divina e agonia sensual.

*

Minhas mãos tocam a pele dele
Irresistívelmente quente
Meus lábios entreabertos buscam os seus
Deslizo minha lingua para dentro de sua boca
Um torpor me invade e sinto a energia pulsante correr por minhas veias
Os corpos colados um ao outro
Desejo sua alma...

*

Um fervor extremo, um misto de veneração e luxúria me toma
Eu desejo devorar a minha deusa, minha demônia.
Sinto sua língua dançar com a minha, mais intensa que a própria dança cósmica;
Sinto sua pele deliciosa encostar-se à minha, a carne divina que eu cobiço.
Mordisco seu pescoço e sinto todos os seus poros arrepiarem-se
Liberando mais da sublime e fatal fragrância que me envenena de prazer.
Com ela ali, o duro altar de mármore parece mais confortável que um dossel de folhas.

*

As velas parecem tochas incandescentes a tornar o ambiente fatalmente mais aconchegante
O incenso se mescla ao cheiro de nossas peles transformando-se numa fragância excitante
Sinto seu corpo sob o meu
Suas mãos acariciando minha pele enquanto me invade provocando-me
Meu corpo o recebe de forma intensa
Nossos gemidos ecoam por todo o ambiente
Música para todos os demônios ali presentes

*

Meu orgasmo explode por todo o universo, sou uno com minha deusa!
Sinto-a sobre meu corpo, tremendo, gritando e fazendo ecoar segredos fatais nas paredes.
Tudo isso parece uma eternidade que vai se comprimindo em poucos segundos de êxtase...
E que se dissipa exatamente como a fumaça do incenso,
Revelando-me nu e só sobre o altar, e atordoado a imaginar:
Foi tudo aquilo um sonho, ou o resto de minha vida apenas será
Um pesadelo banal, uma existência vazia sem a presença de minha deusa?...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Diálogos da Carne

Das anotações secretas de Anna, a Feiticeira:
... deixo a você um legado que eu sei que não compreenderá jamais.  Leia este trecho da peça teatral Diálogos da Carne, e eu permitirei que teça invenções a respeito de si mesmo, meu amado.




A NINFA DEMONÍACA: Invada meu corpo com a suavidade de teu hálito, beije-me de forma sedutora e deixe que meu corpo estremeça de prazer. Violente minha alma com teus desejos profanos e faça de mim tua escrava e serva até o fim dos tempos!

O CAVALEIRO CINZENTO: Ajoelhar-se diante de seu corpo, é fazer minha língua conhecer todos os seus segredos.  Sermos escravos um do outro é nos libertar da tirania da vida, mergulhar no poço de êxtase que se esconde em sua carne suculenta.  Eu a devoro em cada pensamento, ato e desejo.

A NINFA DEMONÍACA: Deixe que seja aquela por quem suspira. Mostre-me todo o fascínio de outros mundos e me torne sua rainha nesta dimensão sombria. Onde todas as sombras dançam ao som da morte e a luxúria festeja como convidada principal desta ceia de orgasmos infinitos.

O CAVALEIRO CINZENTO: A própria morte se desfaz diante de nossa pequena morte, banquete de êxtases prolongados até a eternidade.  Como uma fera se delicia com sua presa, eu te devoro; e você me engole e abriga como a própria vida que nos sustenta, fonte de néctares da dor e do prazer ... bebamos a ela.





Autoria Definitiva: The Grey Knight e Neith War


sexta-feira, 5 de março de 2010

JORNADA SEM FIM

Os prazeres da carne úmida pela chuva de sangue...
Os êxtases da alma torturada pela tempestade rugindo...
Dentro de nós.

Nada disso, nem teus sussurros de prazer profano,
Nem teus gritos que revelam o êstase do sexo secreto
Oculto na penumbra...

Nem tudo isso servirá para aplacar nossa fome insaciável.
Meus rugidos de satisfação ao te ver cavalgando meu corpo,
Meu ímpeto irresistível de sentir tuas mordidas, teus beijos:
Mesmo com toda a excitação frenética de noites sem fim...

Teus orvalhos suculentos brilhando em seu corpo demoníaco
São como um oráculo delirante a revelar uma mensagem tremenda:
Precisamos sair deste labirinto de árvores retorcidas à luz da lua,
Encontrar lugares onde devorarmos um ao outro de novas formas.

É difícil parar no meio de uma de nossas delícias sangrentas
Onde um consome o sexo da outra com beijos e mordidas
E uma morde e beija o sexo do outro como se fosse a última vez.

Mas é justamente aí que devemos parar, no meio do desejo
Começando a ser satisfeito de modo maliciosamente perverso...
Pois o vigor nos preencherá os corpos selvagens ao corrermos então
Nus, livres, tendo por roupa os pensamentos caóticos de prazer...

Mil anos ou três segundos duraram esta corrida insana e alucinógena?
Vezes em que eu era o Cavaleiro Cinzento e você minha fiel montaria
Uma égua demoníaca com o rosto de uma linda mulher de dentes alvos...

Vezes em que você era uma ninfa caçadora, e eu a presa animalesca
Um escorpião cinza-negro numa louca corrida, no fim devorado
E permanecendo vivo para mais uma troca de papéis e aparências...
Para onde iremos nesta jornada sem fim?!?

Não consigo mais vislumbrar o futuro:
Está a teu cargo, minha musa, desenhar com nosso sangue e suor
O trajeto que trilharemos a partir de agora...
Eu o seguirei fielmente! Assim jura o Cavaleiro Cinzento!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MAIS UMA VEZ O AR SE TORNA DENSO...


Mais uma vez o ar se torna denso
Um nevoeiro de incertezas me consome em dúvidas
Entrego minha alma a Ti ó grandioso Cavaleiro
esperando que me mostre o caminho a seguir.
Sensação de mistério, desejo do corpo que transcede a alma
Minha libido floresce entre os tenebrosos sonhos que me revelas...


A força aprisionada se liberta:
É meu amor e minha luxúria por ti, ó Ninfa Demoníaca.
Estamos cegos para o caminho à frente na mata sombria
Mas nossos corpos trazem a rota secreta neles tatuada.
Um único olhar para tua alma estampada neste corpo de volúpias
Desperta minha ânsia viril de fazer-te posse eterna...
Mas não podemos parar, é imperioso descobrir os mistérios de tua alma e teu corpo...

A relva recoberta pelo orvalho da noite toca nossos corpos em chamas
Minhas delicadas mãos acariciando o corpo forte e viril de meu amado Cavaleiro
A pele em contraste com a noite escura iluminada apenas pelo luar
Uivos ao longe marcam o inicio de uma era de luxuria e prazeres infinitos

Em meus braços te prendo como a noite exerce força sobre o dia...
Sempre a exigir que o sol seja devorado num ritmo primal
De dominância e subserviência.
Meu desejo por ti é como o sol escaldante, me deixa a boca sedenta
E o corpo em chamas.
As mordidas que minha boca faz em teu pescoço
Deixam marcas candentes, dignas do amor flamejante que te dedico.

Tomada por delírios infernais me submeto a você
Meu amado Cavaleiro, meu Algoz
Meu corpo trêmulo a deslizar junto ao teu
Vozes demoníacas que me arrebatam à um novo plano
Desesperada por teu liquido quente, minha boca semi aberta procurando a sua numa voracidade hipnótica.

Suavemente me deixo ser invadida por você
Tomando sua vida para mim
Sedenta por tua alma
Minhas unhas fazem cortes profundos em sua pele
Bebo de teu doce sangue enquanto sinto-o dentro de mim.
Um orgasmo de sensações que alucinam nos prendendo para sempre nesta violenta paixão.

(Kay the Grey Knight and Nuit Engel)

Lágrima Ardente





Adentro a floresta sinistra com o coração batendo forte.
O medo foi há muito expurgado desse coração antes traiçoeiro.
Busco a feiticeira que se oculta na floresta,
Uma ninfa demoníaca que é minha presa, alvo, e caça.

É minha missão dar cabo de seu corpo alvo e seus desejos torpes
Que propagam a malícia para além das fronteiras da floresta sinistra.
E por que?
Porque a Memória assim me ordena.

Temível e monstruoso é meu fardo, meu legado ancestral,
Sou o cavaleiro cinzento, ostento o brasão de Lorde Eligos Abigor.
Laços de vassalagem me obrigam a cumprir seus desmandos,
E somente a lágrima ardente poderia me salvar.

Desbravo o mato obscuro, tateando e sentindo o cheiro da ninfa demoníaca.
Seus odores sensuais e voluptuosos me preenchem o coração
E me toldam o cérebro, sinto o vigor do meu sangue pulsar mais forte.
E minha força é minha fraqueza, minha virtude é meu vício,
Este é o mote do Cavaleiro Cinzento.

Inútil tentar me controlar.
Devo ceder às ilusões e cavalgar o desejo que me toma;
A única forma de fazê-lo é possuindo a feiticeira selvagem e vampírica
Assolando esta floresta que na verdade é meu próprio eu demoníaco.

Juro conquistá-la, mas é em vão o juramento.
Ela só pode ser tocada e nunca conquistada;
Possuída, mas nunca domada.

E na clareira a se esconder no centro da floresta sinistra e encantada
Eu vejo as formas perfeitas da imperfeição encarnada:
A feiticeira cruel e sangrenta, a ninfa demoníaca dos bosques do Desejo.
Suas curvas são uma amostra do infinito manifesto como mulher.

Seu cheiro de fêmea sussurrante me domina, e eu quero ter o seu corpo,
Quero possuir sua alma, devorar esta carne alva e suculenta
E ainda assim deixá-la viva, marcada com o amor de meus braços firmes.

Eu, o Cavaleiro Cinzento, observo-a e marco minha presença para ela.
Dispo minha armadura das cinzas da noite e lhe dirijo meu olhar predatório.
Ela é fascinante e tão divina quanto o âmago da própria morte.
E morte sendo, em suas veias pulsa a vida, minha vida e dela.

Nos dilaceramos num abraço cheio de espasmos, mordidas e beijos cruéis;
Sinto seus seios roçarem meu peito exposto e um frêmito de amor me consome.
O hálito desta deusa encarnada me confunde e me esclarece ao mesmo tempo.
Logo a tombo no chão sagrado da floresta sinistra para que eu a possua inteira.

Mas, ai de mim, a ganância e a luxúria não devem andar juntas.
Jamais deveria ter tentado tornado minha de verdade:
Pois seu sexo foi luxuriento e devastador, uma tormenta carnal que me envolveu.
E absorto em seu mais obscuro e profundo ser, movendo-me como um lobo faminto
Que encontra sua fêmea depois de dias de corrida pela floresta sinistra,
Desfiz-me em lágrimas ardentes de prazer insuportável.

E agora, que fazer?
A lágrima ardente havia despertado.
Não mais preso à vassalagem do inferno e ao juramento feito em sagração ritual,
Estava livre para dedicar-me à minha deusa.
Estava perdido... para sempre.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ritual de Prazer



by Nuit Engel & KEY, The Grey Knight

Garras de desejo arranham minha mente
O som preguiçoso do rasgar de meus pensamentos
É ao mesmo tempo delicioso e assustador.
Uma lânguida força expõe os instintos nus e puros
Ocultos um dia sob meus pensamentos inúteis
E a noite da volúpia aflora em meio aos estilhaços
Da mente que só sabe agora se concentrar...
Em você.

Delírios de prazer, dor e nostalgia de tempos antigos.
O som da carne se rasgando e a deliciosa sensação do sangue quente escorrendo por nossos corpos
A noite da lúxuria!
Nossos corpos absorvidos pelas trevas da noite escura num ritual de prazer...

Acordo de um sonho macabro e ao mesmo tempo sedutor
O delicioso esforço do despertar me gera a revelação
Não era sonho nem sono, não era devaneio nem torpor
Era o rápido fechar dos meus olhos ao tocar teu corpo em chamas
O ritual de prazer havia começado!

Minhas mãos trêmulas a percorrer tua pele nua
a gélida sensação de perigo eminente que brota de seu olhar me excita
Um tormento de sensações fazendo com que nossos corpos se movimentem frenéticamente.
Mãos, braços e pernas...
O halito quente que percorre meu pescoço me faz implorar por sua alma.

Mistérios vazios de um ímpeto irresistível se revelam a mim
A obscuridade rescende a um aroma da mais fina radiância infernal
Era o brilho obscuro da tua pele, o perfume do teu saboroso pescoço.

Um arrepio percorre meu corpo
Um desejo ardente numa possessão demoníaca
Seu gosto doce me consome em chamas enquanto o sinto entre minhas pernas...
Paixão enlouquecida que desmancha na suavidade do toque de suas mãos
Néctar da mais rara flor, o desespero do corpo que quer satisfazer a alma.

Despido da armadura noturna que me cobria,
Fascinado ante a paixão elétrica que nos percorre os corpos,
Beijo e mordo teu corpo, teus seios nus, teus quadris firmes,
Buscando uma explicação,
Um segredo a se mostrar, uma direção, um ensinamento desviante
Deve se esconder dentro do teu corpo divinamente sedento.

Me entrego completamente à este estado de plena loucura
Insensatez comanda meus pensamentos
Esperando pelo novo amanhecer de nossas almas
Deixe-me beber de tua vida, veja a escuridão em meus olhos
Minha boca a percorrer seu peito, explorando-o com a lingua
Sugando sua pele em movimentos sensuais de pura excitação

Eu te trespasso como uma adaga consagrada
Perfura o coração da vítima voluntária.
O Amor e a Vontade me dominam,
O Desejo e a Sabedoria me excitam.
Eu sinto a sombra de teus olhos caírem sobre mim
Quando o limiar entre a vida e a morte
É atingido e o orgasmo nos alivia o fervor da existência!