domingo, 13 de março de 2011

NÃO À RIMA


Viajou eternidades
E eternidades de eternidades
E eternidades de eternidades de eternidades
E não conseguiu alcançá-la.

Enfrentou monstruosidades
Desbravou túneis cheios de falsidade
Matou a si mesmo no deserto da mediocriedade.

E tudo isso, ah! maldades
De nada serviu ressuscitar num éden de banalidades,
De nada serviu se perder num labirinto de contrariedades.

Sofreu com as calamidades
Até se bateu, em pleno ar, com as maiores potestades
As eternidades retalharam a sua tão orgulhosa identidade
E não conseguiu alcançá-la.

Tudo em vão,
O tempo não lhe estendeu a mão
E no final só encontrou a palavra: não!



3 comentários:

  1. IMAGENS E ILUSTRAÇÕES, AUTORES E FONTES

    1
    She_Red__n_Blue
    de Og Kelmer

    2
    The Turning Point
    de Og Kelmer

    http://ogkelmer.daportfolio.com/
    E obrigado a Mya Poison por ter me mostrado a arte dele!

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  2. Esse morreu na praia. rsrssr.
    O engraçdo que esse texto expressa bem muitas situações do dia a dia. A pessoa luta em "Dungeons" diárias e não consegue terminar a "Aventura" e no outro dia tem que "re"-fazer "tudo de novo".

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